O efeito Bezold está enraizado nas interações entre os fotorreceptores do olho e o processamento psicológico. Discutimos a ciência e alguns dos outros efeitos que contribuem para ela em artigos anteriores sobre teoria das cores. Hoje, iremos nos aprofundar especificamente no efeito Bezold.
Descubra como você pode usar esse efeito para aumentar o impacto visual, criar contrastes impressionantes e atualizar designs com apenas um ajuste de cor. Essa interação dinâmica pode revolucionar sua estratégia de design.
1. A ciência por trás do efeito Bezold
1.1 Fotorreceptores e percepção de cores
Discutimos a fisiologia dos três tipos de receptores de cores e a psicologia do processamento de cores em um artigo anterior. Resumindo, os cones são os fotorreceptores responsáveis pela detecção da cor, sendo três tipos sensíveis a diferentes comprimentos de onda: curto (azul), médio (verde) e longo (vermelho). O cérebro trabalha com as informações que recebe dos cones e identifica as cores com base na atividade relativa dos três tipos de cones.
1.2 Processamento psicológico
O papel do cérebro na percepção das cores vai além da simples detecção. Ele processa as cores contextualmente, o que significa que nossa percepção de uma cor é afetada pelas cores ao seu redor. Este processamento contextual pode alterar o matiz, o brilho e a saturação de uma cor, levando ao que experimentamos como contraste simultâneo.
A fadiga nos fotorreceptores pode levar a um efeito denominado pós-imagem, que se sobrepõe a outras cores adjacentes e altera sua aparência, principalmente com visualização prolongada. À medida que a imagem residual se acumula, ela pode causar outro efeito chamado limites vibratórios, que é particularmente forte quando cores adjacentes têm brilho ou valor semelhante.
1.3 O efeito Bezold
Os efeitos de pós-imagem, contraste sucessivo e contraste simultâneo tendem a aparecer com combinações de cores específicas, mas os efeitos estão todos interligados. O efeito Bezold ocorre em padrões ou imagens onde vários blocos de cores interagem entre si. Pode ser pensado como uma combinação de todos os efeitos anteriores que exploramos porque as mudanças na aparência dependem de múltiplos fatores.
2. Aplicando o efeito Bezold no design
Usar o efeito Bezold pode ser um tanto imprevisível, pois incorpora vários efeitos. Se o esquema de cores original usar cores complementares, provavelmente será influenciado pela imagem residual e pelos limites vibrantes. Mudar uma das cores complementares irá, obviamente, reduzir esses efeitos. Por outro lado, se o esquema de cores original for análogo, mudar uma cor fará com que ela se destaque mais.
Aqui estão algumas maneiras pelas quais você pode implementar o efeito Bezold.
2.1 Aumentando o impacto visual
Você pode usar o efeito Bezold para destacar ou misturar certos elementos. Ao colocar uma cor com alto contraste próximo aos elementos-chave, você pode aumentar sua visibilidade e impacto. Esta técnica pode ser especialmente útil na criação de pontos focais e na orientação da atenção do observador para aspectos importantes de um design.
2.2 Criando profundidade e dimensão
Usar cores contrastantes pode criar uma sensação de profundidade e dimensionalidade. Este efeito pode ser aplicado em vários contextos de design, desde mídia impressa até mídia digital. Por exemplo, colocar uma cor escura ao lado de uma mais clara pode fazer com que os objetos pareçam recuar ou avançar, adicionando uma sensação tridimensional ao design.
2.3 Maximizando a área de superfície
Talvez a decisão mais importante seja escolher uma cor que interaja com o maior número possível de outras cores. Ao maximizar a área onde a cor alterada interage com outras cores, maximizamos o seu impacto no design geral.
2.4 Reutilizando padrões com diferentes esquemas de cores
O uso inteligente do efeito Bezold pode estender a aplicação prática dos ativos padrão. A simples mudança de uma cor no design mudará a aparência geral do padrão, potencialmente fazendo com que pareça um recurso totalmente novo.
Agora você sabe o que é o efeito Bezold!
O efeito Bezold ilustra a profunda complexidade e a natureza interconectada dos efeitos de cores. Este fenómeno destaca a intrincada relação entre o nosso sistema visual e o processamento psicológico e as formas como mudanças aparentemente pequenas podem ter um efeito desproporcional nos designs. Como vimos, o efeito Bezold incorpora vários efeitos de cor, como pós-imagem, contraste sucessivo e contraste simultâneo, todos contribuindo para a percepção geral da cor de maneira dinâmica e às vezes imprevisível.
Para os designers, o efeito Bezold oferece oportunidades e desafios. Pode criar profundidade e proporcionar oportunidades para atualizar os ativos existentes. Ao mesmo tempo, porém, pode levar a mudanças indesejáveis nas bibliotecas de marcas onde os esquemas de cores estão fortemente integrados. Compreender e aplicar esse efeito pode ajudar você a economizar tempo e evitar efeitos indesejáveis.
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