A Play Store do Google e a App Store da Apple são as duas maiores lojas de aplicativos móveis do mercado e uma importante fonte de receita para ambas as empresas. Qualquer pessoa que lançar um aplicativo comercial deve pagar uma comissão ao Google e à Apple não apenas por cada venda, mas também por IAPs e assinaturas. Sem surpresa, ambas as empresas protegeram agressivamente essa fonte de receita, como o criador do Fortnite, Epic Games, descobriu quando tentou contornar as regras da Apple e do Google. Agora, a Niantic, fabricante do Pokémon Go, está tirando uma página do livro da Epic, lançando sua própria loja para contornar o corte de compras da Apple e do Google.
A Niantic começou a enviar e-mails aos usuários para notificá-los sobre sua nova Pokémon Go Web Store, conforme compartilhado por /u/Jessekjz no Reddit (via Eurogamer). Podemos ver em sua página de destino que ele oferece vários pacotes de PokéCoins e, embora a loja já esteja funcionando em alguns países, os EUA são atualmente uma região sem suporte.
No momento, não vemos nenhum link para a loja virtual no Pokémon Go, nem há como acessá-lo pelo aplicativo. Os usuários que desejam comprar pela loja precisam abrir um bom e antigo navegador da Web, acessar o site e comprar suas moedas.
A abordagem da Niantic pode ser sua graça salvadora, já que o link para métodos de compra externos dentro do Fortnite é o que colocou a Epic em apuros. Mesmo assim, a Niantic está claramente procurando eliminar a Apple e o Google, oferecendo “as melhores ofertas” por meio de sua própria loja, de acordo com este e-mail de marketing.
No caso de a Apple e o Google entrarem com uma ação legal contra a Niantic, o fato de ela ter criado sua própria loja na web primeiro pode prejudicar a empresa. Uma das questões levantadas pelo juiz que presidiu o caso Apple v. Epic foi que a Epic não poderia ignorar seu acordo com a Apple e reivindicar danos após o fato. Em vez disso, se quisesse contornar a Apple, deveria ter lançado seu próprio caso. A Epic teria direito a uma indenização se tivesse feito isso e vencido. Em vez disso, a empresa criou a mesma situação que alegou que a estava prejudicando, um argumento que o juiz não engoliu.
Só o tempo dirá se a Niantic pode passar despercebida e evitar o destino da Epic. Caso contrário, suas ações podem levar a um confronto legal para o qual um precedente já foi aberto.
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